Fé, esperança e amor!

Estamos chegando ao fim de mais um ano e no começo de mais outro ano!

Tudo o que aconteceu nesse ano que se finda é passado! Coisas boas ou ruins, tudo faz parte do passado, “as coisas velhas já passaram…” (2 Co 5.17).

O prognóstico para o futuro não parece muito alentador, mas uma coisa é certa, a fé, a esperança e o amor não podem faltar na vida daqueles que querem dias melhores para o futuro.

Sim, fé no Deus que está no controle de todas as coisas, fé em si mesmo, ainda que tudo pareça contrário e os outros não acreditem em você, fé no ser humano, ainda que nos decepcionemos, fé na vida, ainda que seja difícil e cheia de obstáculos!

Esperança no Deus que nunca nos deixa só e tem preparado um lugar de glória para cada um de nós, esperança que haverá dias melhores, esperança de uma vida tranquila e de paz, ainda que em meio a tormentas e tribulações.

Acima de tudo o amor, que deve estar presente em todas as ações e atitudes de nosso ser. O amor que deve encher nossos corações de tal maneira que não haja lugar para nenhum sentimento contrário. Amor a Deus sobre todas as coisas, amor ao próximo e a amor a si mesmo!

Afinal, somente isso permanecerá!

“Agora, pois, permanecem a , a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor” (1 Coríntios 13.13).

“Mas nós, que somos do dia, sejamos sóbrios, vestindo-nos da couraça da e do amor, e tendo por capacete a esperança da salvação” (1 Tessalonicenses 5.8)

“Lembrando-nos sem cessar da obra da vossa , do trabalho do amor, e da paciência da esperança em nosso Senhor Jesus Cristo, diante de nosso Deus e Pai” (1 Tessalonicenses 1.3)

Feliz Ano Novo para todos!

O irmão mais velho

“Ele, porém, respondeu ao pai: Eis que há tantos anos te sirvo, e nunca transgredi um mandamento teu; contudo nunca me deste um cabrito para eu me regozijar com os meus amigos; vindo, porém, este teu filho, que desperdiçou os teus bens com as meretrizes, mataste-lhe o bezerro cevado” (Lucas 15.29,30).
A história do filho pródigo é conhecida de todos.
O filho mais jovem que pediu sua herança ao pai, saiu de casa, desperdiçou tudo e quando se viu na miséria, volta pra casa na esperança de ser recebido de volta por seu pai, pelo menos como um emprego. Para a sua surpresa e alegria, o pai o recebe de volta como filho e faz uma festa, matando o melhor do rebanho para comemorar o seu retorno.
Mas a história não termina aí. Tem o irmão mais velho que ao chegar em casa e ver aquela festa, nem sequer entra em casa, mas pergunta a um emprego o que estava acontecendo. Ao ser informado que a festa era pelo retorno do irmão, fica INDIGNADO e não quer entrar na casa para participar. O pai vai ter com ele e insiste para que ele entre e se alegre por seu irmão está são e salvo.

É no diálogo com o pai que o irmão mais velho do pródigo revela o que havia em seu coração.

“Eis que há tantos anos te sirvo”. Ele era filho ou servo? Filho, mas agia como servo. Estava com o pai por obrigaçâo e não por amor. Reclama os anos que tinha de casa, como se isso fosse uma virtude. Ele morava lá, era a casa dele, era normal que estivesse tanto tempo com o pai.

“Nunca transgredi um mandamento teu”. Fidelidade baseada em regras, tipo “faça isso e não faça aquilo”, e por medo e não por gratidão, prazer e amor.

“Nunca me deste um cabrito…”. Em outras palavras chama o pai de ingrato com ele. Como o pai mesmo falou tudo era dele, era somente ele pegar, mas ele não agia como filho e nem se sentia como tal.

“Vindo, porém, este teu filho…”. Não considerava o irmão como irmão, ao invés de chamá-lo “meu irmão”, preferiu dizer ao pai “teu filho”, talvez por sentir-se menosprezado pelo pai ou quem sabe, ciúmes do irmão, ou talvez preferisse que o irmão estivesse morto. Ele nunca se preocupou com o paradeiro do seu irmão.

“…que desperdiçou os teus bens com as meretrizes”. Joga em rosto os pecados do irmão. Não estava disposto a perdoá-lo. O irmão não merecia aquela festa, quem sabe teria que ser castigado e pagar pelos seus pecados (não bastava o que já tinha passado: fome, nudez, desprezo, humilhação e tantas outras privações…).

Será que não estamos agindo como “irmãos mais velhos” com os que erram, mas se arrependem e querem continuar a caminhada?

Nos alegramos ao ver alguém que errou, mas que agora está na casa do Pai, adorando-O e servindo-O com amor e gratidão? Ou ficamos “indignados” como o irmão mais velho do filho pródigo?

Que os nossos corações sejam iguais ao do Pai e não ao do irmão mais velho!

Deixa pra lá…

Fico extremamente incomodado com a atitude do “deixa pra lá”  que alguns cristãos assumem nas relações uns com os outros, principalmente no que diz respeito às afensas.
Tenho observado algumas pessoas cortarem as relações umas com as outras, por ofensas cometidas entre elas, e cada um ficar na sua e achar isso a coisa mais normal do mundo.
Deixaram pra lá!
Jesus não nos ensinou a “deixar pra lá”, Ele nos ensinou a enfrentar o problema e resolvê-lo. “Se teu irmão pecar contra ti, vai e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão” (Mateus 18.15), ou seja, “não deixa pra lá”, vai lá e resolve o problema com o teu irmão. Tão simples, não é mesmo? É assim que devemos proceder, segundo o Evangelho.